
Depois das dezoito
começam o ritual.
Seres desconhecidos
fazem ali o repouso.
Espalham sobre o chão
- sujo, árido, árduo -
as camas de papelão.
E nelas deitam -
igualmente -
sujos, cansados e curtidos.
E ninguém os vê.
Não interessa ver.
Ninguém os conhece pelo nome.
Ninguém percebe o que acontece.
Niguém se dá conta de saber
o que há por trás daqueles olhos,
que também fazem parte da parte
hipócrita da sociedade, que apenas
fala bonito, mas não faz acontecer!
27.01.2010
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