
Alma triste, abandonada,
estendida na calçada,
horizonte sem direção,
abraçado à solidão.
A chuva castiga o telhado
o pobre coitado nem sente
não vê a chuva que cai
inundando a dor da gente.
Quem será? de onde veio?
Nesta vida sem esteio,
malfadado, maltrapilho,
que motivos terá tido?
E quem se importa com ele?
E quem se importa com isso?
Se de dia encontra o pão
E de noite o abrigo
Nas cabeceiras da rua
coberto com papelão
entre os trapos e os ratos
que farejam seu coração.
02/04/09
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