CAVALGADA

Esta noite me propus a cavalgar pela madrugada

sobre o lombo do cavalo nu, macho manso, obediente e mudo

que no caminho do amor conduz.

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Lá vou eu, num sobe e desce louco, na corrida do prazer constante

É algo assim maravilhoso e solto, que exige mais do meu cavalo-amante.

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No auge do gozo mais fugaz, como a alcançar o lugar desejado,

Sinto o delírio do seu corpo amado e o seu orgasmo no meu se desfaz.

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E chega ao fim a nossa caminhada, voltamos nós, em ritmo bem lento...

Corpos suados, o sangue inda fervendo.

Então, repouso sobre o lombo do amante-amigo, do macho-nu,

Como a beijar-lhe a fronte agradecida.

E assim adormeço na mesma madrugada da cavalgada do amor que me seduz.

RJ, 1900 e alguma coisa