
No palco da vida
de triste contraste
de dia é menina
de noite mulher
de dia a rotina
da alma sofrida
de noite a faxina
de ser o que quer.
Vestida de panos
de todas as cores
retalhos de sonhos
e linhas de pipa
realidade esquecida
nos votos vencidos
de quem só promete
e não quer nem olhar.
É ela de dia
a pobre menina
da história vivida
e dos tristes ais
das balas perdidas
do mundo sem lei
de lei sem limites
de filhos sem pais.
De noite ela surge
vestida de negro
a bela senhora
de brilhos fatais
e se entrega pros sonhos
das telenovelas
além das manchetes
que vem nos jornais
Senhora de quem?
de um ou de mais
e brigam por ela
e morrem por ela:
Senhora Favela.
13/03/09
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